segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Escultura Romana


A escultura da Roma Antiga desenvolveu-se em toda a área de influência romana, com seu foco na metrópole, entre os séculos VI a.C. e V d.C.. Em sua origem derivou da escultura grega, primeiro através da herança etrusca, e logo diretamente, pelo contato com as colônias da Magna Grécia e com a própria Grécia, durante o período helenista. A tradição grega permaneceu uma referência constante ao longo de toda a trajetória da arte escultórica em Roma, mas contradizendo uma antiga e generalizada opinião de que os romanos foram apenas meros copistas, hoje se reconhece que foram capazes não só de assimilar e elaborar suas fontes com maestria, mas também de dar importante contribuição original a essa tradição, visível em especial na retratística, gênero que gozou de prestígio singular e deixou exemplos de suma perícia técnica e elevada expressividade, e na escultura decorativa dos grandes monumentos públicos, onde se desenvolveu um estilo narrativo de grande força e caráter tipicamente romano.

Depois da consolidação do império, outras influências estrangeiras, mormente orientais, determinaram um progressivo afastamento do cânone grego em direção a uma simplificação formal de tendência abstrata, que estabeleceu as bases da arte bizantina, paleocristã e medieval. Esse processo, não obstante, foi entremeado de diversos períodos de revivescência classicista, que além de fortalecerem o elo simbólico com o passado foram úteis na manutenção da coesão política e cultural do vasto território. Nem mesmo a cristianização do império pôde determinar a exclusão das referências clássico-pagãs da escultura romana, e até o século V, quando a unidade política se rompe definitivamente, modelos clássicos ainda continuavam sendo emulados, embora adaptando-se aos temas próprios da nova ordem social, política e religiosa que se instaurava.

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